Por José Adão – Para o Voz do Povo
Está marcada para a próxima terça-feira, 29 de julho, uma greve dos motoristas da Prefeitura de Arapoti. O anúncio foi feito por representantes da categoria, que afirmam estar insatisfeitos com a falta de valorização profissional e com o que consideram um salário-base defasado.
Segundo o comunicado divulgado, os servidores reivindicam respeito, valorização e condições dignas de trabalho. A paralisação promete atingir 50% da frota da saúde, 100% da educação e 66,6% dos operadores de máquinas, impactando diretamente serviços essenciais da cidade.
Mas por que a greve?
O ponto central da mobilização, segundo os próprios motoristas, é que o salário-base está congelado desde 2015. De acordo com os grevistas, não houve aumento real ao longo dos últimos anos.
“O salário é o mesmo pra todos. Só recebe mais quem faz hora extra! Não é reajuste, é complemento!”, disse um dos motoristas em greve.
Apesar disso, os salários estão sendo pagos em dia, assim como as horas extras, o que levanta a dúvida entre parte da população: o que realmente motiva a greve?
O que diz a Prefeitura?
O prefeito Irani Barros já se manifestou em outras ocasiões sobre esse tema. E afirma que todos os servidores receberam as reposições inflacionarias todos esses anos e argumenta que:
- A maioria dos motoristas da Prefeitura recebem acima de R$ 5 mil, e alguns ultrapassam R$ 10 mil mensais;
- Os que recebem apenas o salário-base seriam motoristas mais recentes ou que não realizam jornada extra;
- A Prefeitura implantou recentemente a progressão vertical, um sistema que valoriza os servidores que buscam capacitação profissional. Essa medida custou R$ 300 mil a mais na folha de pagamento.
Até o fechamento desta reportagem, nenhuma nota oficial sobre a nova paralisação foi publicada pela gestão municipal, mas o espaço segue aberto para posicionamento.
E a população?
Com a paralisação prevista, setores essenciais podem ser afetados, especialmente o transporte escolar e o deslocamento de pacientes da saúde. Ainda não se sabe qual será o impacto total.
- Há defasagem real no salário-base?
- Qual é a possibilidade de reajuste dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal?
- A greve pode evoluir ou há diálogo em andamento?
Seguimos acompanhando!
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