Toledo, Castro, Cascavel, Arapoti, Nova Aurora, Guarapuava, Tibagi, São Mateus do Sul e Cerro Azul. Estas nove cidades paranaenses estão na dianteira da agropecuária do Brasil, liderando, em 2022, a produção nacional de pelo menos 12 produtos que vêm do campo.
Toledo, Castro, Cascavel, Arapoti, Nova Aurora, Guarapuava, Tibagi, São Mateus do Sul e Cerro Azul. Estas nove cidades paranaenses estão na dianteira da agropecuária do Brasil, liderando, em 2022, a produção nacional de pelo menos 12 produtos que vêm do campo.
“A grande vocação do Paraná é produzir alimento para o mundo, e isso é confirmado com os levantamentos nacionais que colocam nossos municípios em destaque”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Dessa forma, nos consolidamos como um dos principais produtores de alimentos do Brasil e do mundo, em quantidade e variedade. Estamos à frente da produção de proteína animal e também nos destacamos na colheita de grão e outros produtos agrícolas”.
O Valor Bruto da Produção Agropecuária calculado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), que tem metodologia um pouco diferente, já tinha apontado realidade similar, com 34 municípios no clube do bilhão. "A pecuária cresceu e já representa mais da metade da matriz financeira do agro. Além disso, a produção florestal evoluiu e, apesar da crise hídrica daquele ano, a agricultura continua forte, competitiva e impactando a vida de milhões de paranaenses", acrescentou Norberto Ortigara, secretário de Agricultura e Abastecimento.
Também na região Oeste, Cascavel ficou em primeiro lugar na criação de galináceos (aves), somando mais de 21 milhões de animais. Cianorte, no Noroeste, foi o quarto maior produtor nacional, com 13,8 milhões de unidades.
A produção de pescados é liderada por duas cidades do Oeste paranaense. Nova Aurora produziu 24,4 mil toneladas de peixe em 2022, enquanto Palotina contribuiu com 15 mil toneladas. Em ascensão no País, a produção nacional de peixes atingiu novo recorde de 617,3 mil toneladas e valor de produção de R$ 5,7 bilhões. O Paraná, maior produtor de peixes, respondeu por 27,1% da produção nacional e por 75,7% da Região Sul.
Outras duas cidades estão no pódio da produção de mel de abelha. Arapoti, nos Campos Gerais, está em primeiro lugar, com 991,7 toneladas produzidas no ano passado. Em segundo está Ortigueira, nos Campos Gerais, com 825 toneladas. Apesar de estar atrás do Rio Grande do Sul em volume, o Paraná lidera o ranking nacional em relação valor da produção do mel de abelha, que somou R$ 139 milhões.
AGRICULTURA – Assim como na pecuária, os municípios paranaenses também se destacam na agricultura e fazem com que o Estado lidere a produção nacional de cevada, feijão, mandioca e erva-mate, além de culturas como o triticale e o centeio, como mostra o novo levantamento da Produção Agrícola Municipal (PAM), do IBGE.
Município com o maior Valor Bruto de Produção (VBP) da agricultura estadual, de acordo com o IBGE, Guarapuava, na região Central, liderou o cultivo de três culturas no País: cevada, centeio e triticale, os chamados cereais de inverno. Foram 204,8 mil toneladas de cevada colhidas na cidade em 2022, quase dois terços da produção estadual, de 360,3 mil toneladas. O volume do Estado representa 69% de toda a produção nacional, que chegou a quase 522 mil toneladas.
Três quartos da produção paranaense de triticale veio de Guarapuava, que produziu 73,2 mil toneladas do cereal no ano passado. O Paraná, por sua vez, atende por 76% do que é produzido no Brasil – foram 97,7 mil toneladas no Estado e 127,7 mil toneladas no País. Em relação ao centeio, a cidade colheu 3,1 mil toneladas, enquanto no Estado a produção foi de 8,7 mil toneladas e, no Brasil, 11,2 mil toneladas.
São Mateus do Sul, no Centro-Sul do Estado, se destaca na produção de erva-mate, produto em que o Paraná também mantém a dianteira nacional. Foram 67,7 mil toneladas da planta produzidas em São Mateus e 316,6 mil em todo o Paraná. O Estado responde por mais da metade da produção brasileira, que chegou a 618,6 mil toneladas em 2022.
Arapoti, nos Campos Gerais, está em primeiro lugar na produção de mel, com 991,7 toneladas produzidas no ano passado. Foto: Gilson Abreu/AEN
ESTADO NO TOPO – O Paraná também lidera ou é protagonista em outras culturas. O plantio do feijão no Estado representa 71% do cultivado no País e atingiu um valor de produção de R$ 2,9 bilhões. Foram 733,3 mil toneladas colhidas no ano passado, o triplo da produção do Mato Grosso – o segundo maior produtor da leguminosa colheu pouco mais de 272 mil toneladas. Prudentópolis é o segundo maior produtor nacional do grão, com mais de 32 mil toneladas colhidas no ano passado.
A produção de mandioca somou 2,9 milhões de toneladas no Estado, somando R$ 2,3 bilhões em valor de produção. A maior parte do cultivo é na região Noroeste, que respondeu 1,8 milhão de toneladas colhidas, tendo Umuarama como destaque, com a colheita de 868,4 mil toneladas. Culturas menos expressivas na agricultura nacional, o tricale e o centeio somaram 97,7 mil e 8,6 mil toneladas colhidas no Estado, respectivamente.
Três municípios paranaenses aparecem entre os 100 maiores produtores nacionais: Guarapuava, na 62ª posição, com VBP de R$ 1,96 bilhão; Tibagi, em 67º lugar e VBP de R$ 1,84 bilhão; e Cascavel, na 93ª posição e VBP de R$ 1,31 bilhão. A pesquisa abrange apenas a agricultura, sem contar as produções pecuária e florestal.
O Estado é o segundo maior produtor nacional de milho, com quase 15,6 milhões de toneladas colhidas no ano passado, sendo superado apenas pelo Mato Grosso (38,3 milhões de toneladas). Também ocupa a segunda posição nas lavouras de trigo, com a produção de 3,6 milhões de toneladas, atrás do Rio Grande do Sul (5,3 milhões); e de batata, colhendo 778,3 mil toneladas, contra 1,3 milhão de toneladas de Minas Gerais.
Já na soja, que é a lavoura mais cultivada do Estado, o Paraná alcançou a terceira maior produção nacional. Foram 13,7 milhões de toneladas colhidas. A produção nacional é liderada pelo Mato Grosso, que colheu 38 milhões de toneladas, e por Goiás, com 15,2 milhões de toneladas. Juntos, os três estados responderam por 55% de toda a produção brasileira do grão.
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