Estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Departamento de Economia Rural (Deral). Boletim também aponta algumas previsões da safra 23/24. A produção de soja, por exemplo, deve alcançar 21 milhões de toneladas.
A safra paranaense 22/23 deve alcançar volume recorde, chegando a pouco mais de 46,3 milhões de toneladas (a safra de 21/22 ficou com 34 milhões de toneladas). A estimativa (confira AQUI ) foi divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Departamento de Economia Rural (Deral).
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a colheita do milho de segunda safra está encerrando no Paraná, faltando apenas 1% dos 2,3 milhões de hectares. A estimativa é que a produção somada da primeira e segunda safras 2022/23 supere os 17,9 milhões de toneladas, colocando-se entre as maiores do Estado.
Segundo ele, é possível que o Paraná amplie um pouco o volume de exportação, que normalmente fica em torno de 2 milhões de toneladas, superando 3 milhões de toneladas.
Segundo ele, esse adiantamento no prazo pode ajudar também a antecipar o plantio do milho segunda safra, caso tenha o clima ideal. “É bom para o planejamento do produtor que teoricamente poderá se beneficiar de um clima mais propício para a semeadura do milho principalmente na região Oeste”, pondera.
“Foram floradas tardias do ano passado que acabaram vingando e culminaram nessa colheita mais atrasada”, salienta o economista Paulo Sérgio Franzini, analista da cultura.
O feijão de primeira safra está com 45% da área de 111,2 mil hectares já semeada. Aproximadamente 94% da lavoura desenvolve-se de forma boa, com o restante em situação mediana. A estimativa de produção está em torno de 215,2 mil toneladas, enquanto a safra 22/23 fechou em 199 mil toneladas.
A colheita atinge cerca de 60% dos 1,4 milhão de hectares e as consequências da doença são observadas somente depois de retirada da terra. “Há má formação de grãos, o que reduz a produtividade em volume mais intenso do que o comum”, explica.
O brusone se beneficiou das altas temperaturas observadas no inverno. Ainda há preocupação com as lavouras a serem colhidas no Centro-Sul.
Da nova safra (23/24), o tomate tem 53% dos 2,4 mil hectares plantados, com projeção de 148,7 mil toneladas, enquanto a batata foi semeada em 81% dos 14,5 mil hectares, podendo render 454,5 mil toneladas. “Com expectativa de altas temperaturas e excesso de chuva no Sul, o melhor seria que ela não fosse contínua, mas bem distribuída”, destaca Andrade.
A colheita de mandioca da safra de 22/23 vem se desenvolvendo normalmente e estima-se que já atingiu cerca de 70% dos 136 mil hectares cultivados. O encerramento da colheita se estende até meados da segunda quinzena do mês de dezembro, período em que se inicia a entressafra. Neste período, a maioria dos empresários realiza a manutenção das indústrias de fécula e das farinheiras.
Em relação ao mel, o boletim reforça que o Paraná é o segundo maior produtor do Brasil, contribuindo com 14,2% da produção total do País, de acordo com os dados do IBGE. A produção nacional de mel atingiu 60.966 toneladas em 2022, representando um aumento de 9,5% em relação a 2021, quando totalizou 55.679 toneladas. O Valor Bruto da Produção nacional alcançou R$ 957,8 milhões, sendo que o Paraná contribuiu com R$ 138,8 milhões. Dois municípios paranaenses se destacam: Arapoti, no Norte Pioneiro, e Ortigueira, nos Campos Gerais.
Sobre a bovinocultura, o boletim aponta que em setembro o preço da arroba do boi gordo subiu, acumulando 13,6% de alta desde o início do mês. A expectativa para o curto prazo é de que as cotações continuem subindo, com os preços futuros (outubro/23) em R$ 237,55. No atacado paranaense, traseiro e o dianteiro também seguem subindo, atualmente comercializados a R$ 18,18 e R$ 12,24, respectivamente. A queda no número de animais terminados e o melhor escoamento da produção dos frigoríficos são apontados como os principais motivos.
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