COM MUTAÇÃO E VACINA SOBRANDO, PARANÁ PODE AMPLIAR FAIXA ETÁRIA DA QUARTA DOSE ANTICOVID


O Governo do Paraná estuda ampliar a faixa etária apta a tomar a segunda dose de reforço da vacina contra a Covid-19, conhecida como quarta dose, hoje restrita para os que tem 40 anos ou mais e profissionais de saúde. Segundo o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, o tema será debatido com os municípios ainda nesta semana.


Nas últimas semanas, uma nova subvariante da Ômicron, nominada como “BQ.1”, foi identificada no Brasil e aumentou a preocupação sobre uma possível nova onda da doença. Embora essa nova linhagem seja pouco conhecida e ainda não tenha chegado no Paraná, estima-se que a cepa possua maior risco de reinfecção, reforçando a necessidade da imunização contra a doença.

Ontem, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou a morte de uma paciente com comorbidade pela nova subvariante da Ômicron. A BQ.1 também já circula pelo Rio e Janeiro e, assim como aconteceu com outras variantes, pode acabar chegando aos outros estados.



“Nós devemos fechar uma conversa com o Conselho de Secretários Municipais de saúde do Paraná para esta semana ainda, tentando colocar todo o estoque à disposição dessa primeira dose de reforço e da segunda dose de reforço – que é a que está mais atrasada, e que não chegou a algumas idades menores. Então, por isso, nós queremos abrir o estoque. Quem quiser se vacinar, vai se vacinar”, disse ele, em entrevista ao telejornal Meio Dia, da RPC.

“O Estado monitora o aparecimento de todas as variantes desde o início e ressalta que a melhor proteção é a vacina”, reforçou Beto Preto.

“Nossa cobertura na primeira e segunda dose é ótima, mas precisamos nos atentar aos faltosos nas doses de reforço, que são os imunizantes atualizados para as variantes que foram surgindo com o passar do tempo e vão continuar aparecendo enquanto houver a circulação da Covid-19. Não podemos deixar que a falsa sensação de proteção com as primeiras doses nos impeça de reforçarmos essa imunização e aumentarmos a prevenção contra a doença”, disseo secretário.

O Paraná registrou uma redução de 95% no número de vacinas aplicadas contra a Covid-19 no intervalo de um ano. Em outubro de 2021, ainda na esteira da grande procura pelo imunizante, foram registradas 2.479.269 doses e em outubro deste ano, apenas 121.779. Os números são da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), disponíveis no Vacinômetro Nacional.

Diante desta queda, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a importância da retomada da vacinação, considerando a grande disponibilidade de imunizantes, a necessidade de prevenção da população, o número de faltosos e a circulação de novas variantes.


Vacina
Cobertura tem índices diferentes conforme a dose
A cobertura vacinal do público acima de cinco anos para D1 (´primeira dose) e DU (dose única) é de 97,86% e para D2 (segunda dose) de 92,38%. Já para a REF (reforço), a porcentagem cai para quase 63% e para a R2(segundo rerforço) a cobertura é ainda menor, cerca de 23%. A R2 ou quarta dose é recomendada pelo Ministério da Saúde para pessoas a partir de 40 anos, mas as prefeituras que têm doses estão estimulando a vacinação de público mais jovem.

O número de não vacinados (nenhuma dose) é de 717.713 paranaenses. Os faltosos para D2 somam 1.406.201, para a REF, 5.289.405, e para a R2, 2.639.599 pessoas. Esses números consideram a estimativa populacional de 12 a 80 anos ou mais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020 e a estimativa do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) de 2016 da população vacinável no Paraná, de 10.747.880 pessoas.

Média móvel no Rio subiu 52%
A cidade do Rio de Janeiro registrou um aumento de 52% na média móvel de novos casos de Covid-19 em relação a 14 dias, segundo dados atualizados ontem no painel de dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Se o dado for comparado com 4 semanas atrás, a média móvel de novos casos já acumula uma alta de 538%, saltando de 54 casos por dia, em 10 de outubro, para 345, em 7 de novembro. Há suspeita de que o aumento de casos novos tenha ligação com a subvariante BQ.1 da Ômicron.

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