Dois dias após o primeiro turno da eleição presidencial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram nesta terça-feira (4) a receber os apoios de candidatos e partidos derrotados para a segunda etapa da disputa. O PDT anunciou que vai apoiar Lula da Silva. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que ficou em quarto lugar no primeiro turno e pautou sua campanha por fortes críticas ao petista, seguiu a decisão da legenda. Do outro lado, Bolsonaro recebeu apoios do senador eleito e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) e do deputado federal mais votado pelo Paraná e ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.
A decisão do PDT foi tomada após uma reunião da Executiva Nacional, que foi realizada de forma semipresencial, com uma parcela do partido na sede nacional da sigla, em Brasília, e outra parte participando por videoconferência. Ciro foi um dos que não estiveram na capital federal.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Ciro explico sua decisão. “Eu gravo esse vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para os brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias”, justificou Ciro. O pedetista se comprometeu a ocupar nenhum ministério caso o petista vença a disputa. “Não aceitarei cargo em um eventual governo, quero ser livre”, afirmou.
A Executiva Nacional do Cidadania também aprovou o apoio a Lula. No primeiro turno, o partido apoiou a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB/MS). Em nota oficial, o Cidadania cita “riscos de escalada autoritária” para justificar o apoio a Lula. “O partido avalia que Bolsonaro representa valores contrários aos seus princípios democráticos e republicanos, ao respeito às diferenças e aos direitos humanos, à defesa da ciência e da vida”, disse a legenda
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Moro divulgou sua decisão pelo twitter. “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, publicou. Moro deixou o governo Bolsonaro acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal para proteger seus filhos de investigações criminais, mas fez novo movimento à direita nestas eleições para se contrapor ao principal adversário no Paraná, seu padrinho político, Alvaro Dias (Podemos).
Bolsonaro reagiu afirmando que o ex-juiz “mostrou o que é corrupção no Brasil” e que terá, a partir de agora, um “novo relacionamento” com seu ex-ministro. “Apaga-se o passado, qualquer divergência que porventura tenha ocorrido. Sérgio Moro foi uma pessoa que, realmente, mostrou o que era corrupção no Brasil”, declarou.
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