Quase sete em cada dez (69%) consumidores querem levar produtos de higiene e beleza na Black Friday deste ano
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil |
Os consumidores brasileiros pretendem comprar mais itens da cesta básica, carnes e produtos de higiene nas promoções de supermercados durante a Black Friday deste ano.
Segundo levantamento feito pela consultoria Shopper Experience a pedido da Apas (Associação Paulista de Supermercados), os entrevistados querem aproveitar as ofertas previstas para a última semana de novembro e abastecer o estoque com artigos que encareceram nos últimos 12 meses devido à inflação.
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Os itens de higiene e beleza aparecem no topo das intenções. Quase sete em cada dez (69%) consumidores querem levar produtos desta categoria na Black Friday deste ano. O relatório destaca que o segmento teve inflação de 1,56% no mês, acumulando um aumento anual de 18,92%.
Produto cada vez mais escasso no prato dos brasileiros, a carne surge em segundo lugar da lista. O produto já havia ganhado espaço nas compras da Black Friday de 2021, mas a expectativa é que ela seja ainda mais procurada na próxima rodada de descontos dos supermercados.
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De acordo com a pesquisa, 56% dos consumidores dizem ter comprado carne nas promoções do ano passado. Para este ano, dois em cada três entrevistados pretendem colocar o item no carrinho -o que representa um aumento de 17%.
O maior interesse ocorre mesmo num momento de recuo dos preços. Se em 2021 a carne era considerada a vilã da inflação, agora ela dá sinais de trégua.
Neste mês de setembro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou deflação de 0,29%. Este é o terceiro recuo consecutivo, puxado principalmente pelo recuo no preço da gasolina.
Processo de desaceleração semelhante vem ocorrendo com alguns cortes de carne. As peças usadas para churrasco, por exemplo, ficaram mais baratas na comparação com agosto, segundo acompanhamento feito pela Apas em parceria com a Fipe.
A redução mais expressiva foi observada no preço do filé mignon, que caiu quase 7%. Fraldinha e picanha também registraram deflação nos supermercados em setembro, assim como alguns produtos que compõem a cesta básica, como café, leite e açúcar.
Os itens básicos, inclusive, foram os que registraram maior crescimento no interesse de compra para a Black Friday de 2022. Segundo o levantamento da Apas, 47% dos brasileiros levaram algum artigo da cesta básica para casa durante as megapromoções de 2021; agora são 58% os que planejam comprar -um aumento de 23,4%.
Já as cervejas, que costumam entrar no radar dos consumidores nesta época de descontos, tiveram um recuo nas intenções de compra (de 53% para 49%), assim como os refrigerantes (de 57% para 51%).
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Supermercados esperam vender mais
Para o varejo alimentar, a Black Friday é a segunda melhor data em volume de vendas, perdendo apenas para as festas de fim de ano. Com o maior interesse dos consumidores, 56% dos empresários esperam ver as vendas subirem neste ano.
Contudo, ainda que 83% dos brasileiros planejem comprar itens no supermercado, a minoria do setor indica estar preparada para a data. De acordo com o levantamento da Apas, 37% dos empresários ainda não fizeram as compras dos produtos para a Black Friday.
O relatório diz que, como os preços já estão em queda, o setor está deixando para negociar com os fornecedores no último momento, na esperança de conseguir uma condição ainda mais vantajosa para oferecer ao consumidor.
Cliente deve gastar mais na Black Friday Segundo o levantamento, o valor médio de gastos nos supermercados está estimado em R$ 564,87, o que inclui compras com itens de alimentação, bebidas, higiene e limpeza.
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Para o Departamento de Consultoria Econômica da Apas, o aumento do emprego e da renda devem se refletir no consumo. “Tais fatores geram otimismo entre os empresários e os consumidores. Devemos experimentar um aquecimento econômico antes da Black Friday, aumentando o movimento nas lojas”, estima, em nota, Diego Pereira, economista da Apas.
Por Folhapress: Thiago Bethônico
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