Governo do Paraná publica novo decreto após recorde de mortes por covid-19.

(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

O governo do Paraná publica novo decreto nesta terça-feira (16), dia em que o estado bateu recorde de mortes por covid-19. Foram 310 mortes registradas nas últimas 24h, número que supera os 244 óbitos do último dia 10.

A vigência do atual se encerra às 5h da manhã desta quarta-feira (17). Com isso, a expectativa é que o governador Ratinho Junior (PSD) anuncie pelo menos a prorrogação das medidas em vigor.

Atualmente, o governo estadual determina toque de recolher entre 20h e 5h, período em que também são proibidos a venda e o consumo de bebidas alcoólicas.

Não há expectativas sobre endurecimento das ações. Ainda mais que Ratinho vai se encontrar com os governadores de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), e Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e os secretários estaduais da Saúde para compartilhar informações sobre o avanço do vírus em toda a região Sul.

Contudo, diversas cidades adotaram mais restrições devido ao cenário caótico da pandemia. Em Curitiba, por exemplo, o prefeito Rafael Greca (DEM) atualizou o nível de alerta contra a covid e adotou a bandeira vermelha pela primeira vez. Com isso, a capital entrou em um lockdown até a próxima segunda-feira (21).

Já no litoral do Paraná, as prefeituras fizeram barreiras sanitárias para evitar a entrada de turistas nos municípios. Em Maringá, por outro lado, o comércio reabriu hoje após ficar 17 dias fechado.

Vale lembrar que ambos os decretos (estadual e municipal) são oficiais, mas vale o que tiver as medidas mais restritivas.

DECRETO MAIS RESTRITIVO NÃO SURTIU EFEITO ESPERADO
Vale lembrar que o governo do Paraná publicou um decreto restritivo no dia 26 de fevereiro para conter o avanço do coronavírus.

Naquela época, a administração de Ratinho Junior atribui o crescimento da doença à nova variante da covid, chamada de P1 e identificada em Manaus. Segundo os especialistas, essa nova cepa pode ser entre quatro e seis vezes mais transmissível.

No dia 5 de março, Ratinho prorrogou o lockdown por dois dias, mas anunciou a reabertura das atividades não essenciais. O governador preza pelos setores econômicos e por isso optou em flexibilizar as medidas.

Entretanto, o próprio governador e o secretário da Saúde Beto Preto reconheceram que o decreto não surtiu efeito esperado. A administração avalia que é necessário chegar a 50% no índice de isolamento para diminuir a transmissão da covid. Contudo, a taxa ficou em torno de 35%.

Agora, Ratinho deve tomar medidas com maior pressão do sistema de Saúde. Segundo os dados estaduais, 96% das UTIs da rede pública para adultos estão ocupadas. Dos 1.633 leitos existentes, restam 66 livres.

Neste momento, as regiões Leste (que abrange Curitiba) e Oeste (que engloba Foz do Iguaçu) têm os piores índices com 98% e 97% de ocupação, respectivamente. Por fim, o Norte e o Noroeste, com 93% e 92%, também têm taxas preocupantes.

Os contextos exigem um decreto mais restritivo de algumas prefeituras, principalmente nas regiões do Paraná com situações mais críticas.

PARANÁ PODE FICAR SEM REMÉDIOS PARA PACIENTES COM COVID-19
O cenário se complica ainda mais já que o Cemepar (Centro de Medicamentos do Paraná) emitir alerta que os medicamentos para tratamento da covid podem se esgotar em até 10 dias, incluindo sedativos e analgésicos.

O governo do Paraná tenta parceiras e cobra assistência do Ministério da Saúde, que está sob transição com a saída do general Eduardo Pazuello e posse do cardiologista Marcelo Queiroga, definido como novo ministro pelo presidente Jair Bolsonaro.

FONTE: PARANA PORTAL

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