Anualmente, mais cooperados aderem à iniciativa nos Estados do Paraná e São Paulo, promovendo a produção e o consumo sustentável, além de garantir o respeito à legislação ambiental
Diretor industrial da CAPAL, Lourenço Teixeira afirma que esse é um serviço responsável e seguro oferecido ao cooperado, dando garantia de proteção ao meio ambiente e à saúde pública. “O produtor sabe que, antes dessa implementação, ele tinha que destruir esses resíduos nas suas propriedades e dar uma destinação que, muitas vezes, era a mesma do lixo doméstico. O Descarte Certo é um programa de sucesso com a garantia da destinação correta”.
Teixeira conta que, com o passar dos anos, aumentou significativamente a participação do cooperado, o que mostra uma maior preocupação com o meio ambiente e a legislação. “Os produtores da pecuária leiteira no Estado do Paraná estão passivos de licenciamento ambiental em suas atividades agropecuárias, assim, a destinação correta dos resíduos é um requisito legal para manterem suas licenças. Ano a ano vem aumentando o volume coletado e isso se deve aos treinamentos que a cooperativa realiza junto aos associados, em que aprendem a manusear, separar e acondicionar os materiais”.
O primeiro ano de programa (2014) reuniu 11,1 toneladas, apresentando crescimento ao longo dos anos. Ano passado foi o que apresentou maior coleta, com 19,1 toneladas ou crescimento de 71,8% sobre a quantidade de 2014. Já em 2020 foram coletadas 18 toneladas, em setembro. Diferentemente das outras temporadas, em que a coleta é realizada duas vezes ao ano no Paraná, devido à pandemia, neste ano aconteceu somente uma oportunidade. Apesar disso, comparado ao ano de estreia do programa, houve uma evolução na coleta de quase 62%.
A analista ambiental da CAPAL, Ana Carla Rosgoski, explica que no programa Descarte Certo a coleta e o transporte são realizados por uma empresa terceirizada, que atende todos os requisitos de segurança ambiental e tem todas as licenças e o seguro. “Os cooperados passaram por treinamentos de manuseio no início do programa, como separação correta dos materiais, com a classificação em grupos ‘A’, ‘B’ e ‘E’, e acondicionar nas bombonas de 200 litros”, conta a analista.
Os resíduos do grupo A são, por exemplo, luvas e botas descartáveis e frascos de vacinação. O B é aquele que apresenta risco químico, como frascos de medicamento, detergentes e raticidas. Já o E são os perfurocortantes, como agulhas, lâminas, seringas contaminadas, bisturis, entre outros.
O Descarte Certo surgiu a partir da resolução 12.305, de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos para a gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos, proibindo que sejam queimados, enterrados ou deixados à céu aberto.
O programa da CAPAL promove a produção e o consumo consciente, com responsabilidade compartilhada com cada integrante da cadeia produtiva. Os cooperados, após o uso dos produtos, devem fazer a devolução, levando as bombonas em horário e local pré-estabelecidos para a empresa fazer a coleta. O recolhimento ocorre a cada seis meses nas unidades da cooperativa no Paraná e anualmente em São Paulo, promovendo uma maior tranquilidade ao produtor rural.
Sobre a CAPAL Cooperativa Agroindustrial
Fundada em 1960, a CAPAL conta atualmente com mais de 3,2 mil associados, distribuídos em mais de 20 unidades de negócios, nos estados do Paraná e São Paulo. A cadeia agrícola responde por cerca de 70% das operações da cooperativa, produzindo 730 mil toneladas de grãos por ano, com destaque para soja, milho, café e trigo. A área agrícola assistida chega a quase 150 mil hectares. O volume de leite negociado mensalmente é de 11 milhões de litros, proveniente de 360 produtores com uma média de produção de 2,5 mil litros por dia. Além disso, a cooperativa comercializa mais de 31 mil toneladas de suínos vivos.
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