Mais de vinte produtores de queijo do Paraná participam nesta semana em Florianópolis (SC) de uma premiação nacional organizada pela Associação de Comerciantes de Queijos Artesanais Brasileiros. É a primeira vez que o Estado participa em peso da competição, considerada a maior do segmento. Serão avaliados 24 queijos paranaenses entre um rol de mais de 700 produtos artesanais.
Os vencedores serão anunciados nesta sexta-feira (20) com a entrega das medalhas e troféu Super Ouro.
Os produtores estaduais representam 12 regiões do Paraná, desde Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, até Pato Branco, no Sudoeste. Todos contaram com apoio da Emater, órgão da Secretaria de Estado da Agricultura voltado para especialização técnica, e incentivo para a inscrição no concurso.
O casal Leomar e Mariza Martins, de Santana do Itararé, no extremo Nordeste do Estado, produz queijos artesanais desde 2003. Eles começaram a cozinhar para o consumo caseiro e a partir de 2017 resolveram produzir para o comércio local. Os filhos Lucas e Daniela Martins ajudam no dia a dia da propriedade voltada para a agricultura familiar.
Eles participaram de um concurso da Emater em 2018 e obtiveram a segunda colocação entre cerca de 190 queijos inscritos. Também participaram de um concurso internacional que aconteceu em Araxá, Minas Gerais.
As participações, conta Leomar, ajudam a valorizar o seu queijo e aprimorar a produção. “Tem a questão do conhecimento, a aproximação com as pessoas, a troca de experiências. É um projeto de vida. Sem contar o orgulho de representar Santana do Itararé e o nosso Paraná”, afirma.
A propriedade do casal é pequena (cerca de 3,8 alqueires) e produz leite in natura para uma cooperativa. Eles também plantam cana-de-açúcar e milho, e separam cerca de 10% do trabalho para os queijos.
A Emater auxiliou a enquadrar o processo em nível técnico mais elevado e a aprimorar a cozinha. “Essa ajuda faz toda a diferença, com todo o suporte técnico, e também com capacitações voltadas a melhorar os queijos de toda região”, acrescenta Leomar. O casal aposta no potencial do Queijo Colonial Maná Sítio Aliança, inscrito no concurso.
BRASIL AFORA - A produção de laticínios no Paraná vem se destacando em concursos e premiações Brasil afora. A coordenadora de agroindústria da Emater, Maristela Bischof, explica que o trabalho feito pelo órgão dá mais visibilidade à agricultura familiar e contribui com a melhora na cadeia e na renda desses produtores. “A Emater faz um trabalho técnico de apoio e orientação aos produtores, além da qualificação. Isso traz inúmeros benefícios para os agricultores”, diz.
A Emater estimula os processos de capacitação dos produtores, o aperfeiçoamento de cada cadeia e facilita o processo de comercialização para outras localidades do País.
Maristela pontua que as competições incentivam a participação de mais produtores e a busca por receitas mais completas. “Essa é a primeira vez que o Paraná participa do concurso da Associação de Comerciantes de Queijos Artesanais Brasileiros e já com 24 queijos com chances reais de ficar entre os melhores, isso é muito importante para o produtor e também para a Emater”, afirma coordenadora de agroindústria da Emater.
PREMIAÇÃO - Os queijos inscritos para a premiação serão avaliados por chefs, jornalistas e especialistas em queijos selecionados previamente pela organização do evento. As premiações serão por categoria (queijo artesanal tradicional, queijo artesanal de leite cru, queijo artesanal de leite pasteurizado e queijos finos). Os critérios de avaliação serão aspecto/aparência, olfato/aromas, textura, sabor e final do sabor.
Cada queijo inscrito receberá o resultado da avaliação com o intuito de possibilitar o estudo e as possibilidades para melhorar seu queijo e condições comerciais.
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