Em agosto, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 foi estimada em 239,8 milhões de toneladas, novo recorde para a produção de grãos do país, 5,9% superior à safra de 2018 (mais 13,3 milhões de toneladas) e estável (0,0%) em relação à divulgada em julho (mais 108,1 mil toneladas). Já a estimativa da área a ser colhida foi de 62,9 milhões de hectares, 3,2% maior que a de 2018 (mais 1,9 milhão de hectares) e estável (0,0%) em relação a estimativa do mês anterior (menos 15.988 hectares). O recorde anterior foi da safra 2017, com 238,4 milhões de toneladas de grãos.
Estimativa de agosto para 2019 - 239,8 milhões de toneladas
Variação safra 2019/safra 2018 - 5,9% (+ 13,3 milhões de toneladas)
Variação agosto 2019 / julho 2019 - 0,0% (+108,1 mil toneladas)
O arroz, o milho e a soja representam 92,7% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida. Em relação a 2018, houve aumento de 6,8% na área do milho e de 2,3% na da soja, e queda de 10,3% na área de arroz. Já na produção, ocorreram quedas de 3,9% para a soja e de 12,7% para o arroz, e aumento de 21,5% para o milho. Acesse o material de apoio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) para mais informações.
Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 111,1 milhões de toneladas; Sul, 77,9 milhões de toneladas; Sudeste, 22,2 milhões de toneladas; Nordeste, 19,2 milhões de toneladas e Norte, 9,4 milhões de toneladas. Em relação a 2018, ocorreram aumentos de 5,0% no Norte, de 10,0% no Centro-Oeste, de 4,5% no Sul e de 0,5% no Nordeste, e decréscimo de 3,1% no Sudeste. Em relação às unidades da federação, Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,1%.
Destaques na estimativa de agosto de 2019
Em agosto, em relação ao mês anterior, destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção: sorgo (3,4%), tomate (1,5%), feijão 3ª safra (0,8%), milho 2ª safra (0,4%), trigo (0,3%), milho 1ª safra (-0,8%), aveia (-1,5%), feijão 2ª safra (-2,5%), feijão 1ª safra (-6,8%) e cevada (-6,9%). Em números absolutos, os destaques ficaram com o milho 2ª safra (282.499 t), sorgo (83.650 t), tomate (58.672 t), trigo (14.678 t), feijão 3ª safra (4.109 t), aveia (-14.639t), cevada (28.800 t), feijão 2ª safra (-29.018 t), feijão 1ª safra (-48.831 t) e milho 1ª safra (-194.439 t).
CEREAIS DE INVERNO (em grão) – A safra brasileira foi estimada em 7,2 milhões de toneladas, com o trigo participando com 80,8% do total (5,8 milhões de toneladas), a aveia participando com 13,7% (985,6 mil toneladas) e a cevada participando com 5,5% (391,6 mil toneladas).
O trigo é a principal lavoura brasileira de inverno. A área plantada alcançou 2,1 milhões de hectares, um aumento de 2,2% em relação ao mês anterior. Já a estimativa de produção cresceu 0,3%. Em agosto, Paraná, maior produtor brasileiro, com participação de 46,7%, estimou uma produção de 2,7 milhões de toneladas, 0,4% menor em relação ao mês anterior. Rio Grande do Sul, com participação de 39,3%, e Santa Catarina mantiveram as informações do mês anterior. Em Goiás, houve crescimento de 33,7% na estimativa de produção.
A estimativa para a produção da aveia foi de 985,6 mil toneladas, um declínio de 1,5% em relação ao mês anterior, devido à redução de 7,6% da produção no Paraná. Até agosto, apenas 3,0% da área foi colhida no estado. No país, a área a ser colhida deve alcançar 457,0 mil hectares. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção de aveia apresenta crescimento de 10,7%.
Para a cevada, a produção estimada foi de 391,6 mil toneladas, declínio de 6,9% em relação ao mês anterior. A área a ser colhida alcançou 107,1 mil hectares e o rendimento médio 3.655 kg/ha, este último com retração de 6,9%. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção de cevada cresceu 20,5%. A área plantada, de 107,1 mil hectares, aumentou 6,7% e o rendimento médio cresceu 12,9%.
FEIJÃO (em grão) – A estimativa da produção foi de 2,9 milhões de toneladas, um declínio de 2,4% em relação ao mês anterior. Em relação à safra de 2018, a produção total de feijão deverá ser 1,1% menor. A 1ª safra de feijão está estimada em 1,3 milhão de toneladas, declínio de 3,6% frente à estimativa de julho, o que representa 48.831 toneladas. Destaque para a região Nordeste, que teve a estimativa de produção reduzida em 9,8%. As unidades da federação que mais influenciaram no resultado foram: Minas Gerais (-4,8%), Ceará (-11,7%), Piauí (-13,8%), e Paraíba (-37,7%), sendo a irregularidade climática a principal causa para a redução da área e do rendimento médio.
A comparação anual para a 1ª safra mostra uma redução de 14,8% na produção. Diversas unidades da federação reduziram suas produções: Paraná (-19,8%), Minas Gerais (-12,5%), São Paulo (-31,6%), Ceará (-14,1%), Goiás (-29,7%), Piauí (-14,8%), Santa Catarina (-20,5%), Rio Grande do Sul (-10,0%) e Distrito Federal (-29,8%). Em contrapartida, a Bahia aumentou sua produção em 25,5%.
A comparação anual para a 1ª safra mostra uma redução de 14,8% na produção. Diversas unidades da federação reduziram suas produções: Paraná (-19,8%), Minas Gerais (-12,5%), São Paulo (-31,6%), Ceará (-14,1%), Goiás (-29,7%), Piauí (-14,8%), Santa Catarina (-20,5%), Rio Grande do Sul (-10,0%) e Distrito Federal (-29,8%). Em contrapartida, a Bahia aumentou sua produção em 25,5%.
A 2ª safra de feijão foi estimada com um declínio de 2,5% frente a julho. O Paraná teve uma diminuição de 2,1% na produção, o que representou 7.260 toneladas. Minas Gerais mostrou uma produção 1,5% menor, representando uma redução de 2.625 toneladas. Goiás estimou decréscimo de 2,6% na produção (2.010 toneladas), enquanto Alagoas, com uma produção de 16,4 mil toneladas, mostrou declínio de 28,7% (6.587 toneladas). A estimativa de produção para a 2ª safra foi 13,4% superior à de 2018.
A região Nordeste teve influência nesse resultado, visto os aumentos na estimativa de produção de Alagoas (79,8%), Ceará (35,5%), Pernambuco (17,6%) e Bahia (478,5%), esta última contribuindo com o maior incremento em termos de volume de produção, com 123,1 mil toneladas. O Paraná também foi importante, prevendo um aumento de 25,4% na produção. Outras unidades federativas com aumentos de produção foram: Minas Gerais (15,3%), Goiás (25,3%), São Paulo (49,0%), Mato Grosso do Sul (37,8%) e Rio Grande do Sul (11,4%).
A região Nordeste teve influência nesse resultado, visto os aumentos na estimativa de produção de Alagoas (79,8%), Ceará (35,5%), Pernambuco (17,6%) e Bahia (478,5%), esta última contribuindo com o maior incremento em termos de volume de produção, com 123,1 mil toneladas. O Paraná também foi importante, prevendo um aumento de 25,4% na produção. Outras unidades federativas com aumentos de produção foram: Minas Gerais (15,3%), Goiás (25,3%), São Paulo (49,0%), Mato Grosso do Sul (37,8%) e Rio Grande do Sul (11,4%).
A 3ª safra de feijão foi estimada em 513,6 mil toneladas, com previsão de aumento de 0,8% na produção em relação à julho. A produção. Goiás foi a unidade da federação com maior influência nesse resultado, com aumento de 2,0% na produção, o que representou 2.630 toneladas. A estimativa para a 3ª safra de feijão é 12,5% superior à de 2018.
As unidades da federação responsáveis por esse aumento foram Mato Grosso, com 112,0% (76.645 toneladas), Distrito Federal, com 101,7% (5.490 toneladas), Minas Gerais, com 3,7% (6.095 toneladas) e Paraná, com 48,0% (979 toneladas). Vale ressaltar que na maioria dos estados a 3ª safra de feijão é cultivada sob irrigação, com um maior custo de produção, logo um bom preço do produto é essencial para decisão de plantio pelos produtores.
As unidades da federação responsáveis por esse aumento foram Mato Grosso, com 112,0% (76.645 toneladas), Distrito Federal, com 101,7% (5.490 toneladas), Minas Gerais, com 3,7% (6.095 toneladas) e Paraná, com 48,0% (979 toneladas). Vale ressaltar que na maioria dos estados a 3ª safra de feijão é cultivada sob irrigação, com um maior custo de produção, logo um bom preço do produto é essencial para decisão de plantio pelos produtores.
MILHO (em grão) – Em relação ao mês anterior, a estimativa da produção cresceu 0,1%, totalizado 98,9 milhões de toneladas, novo recorde de produção. Ao todo, foram acrescidas 88.060 toneladas. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção encontra-se 21,5% maior.
Na 1ª safra de milho, a produção alcançou 25,7 milhões de toneladas, decréscimo de 0,8% em relação à julho. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção foi 0,1% menor. No Piauí, a produção declinou 6,4%, tendo alcançado 1,5 milhão de toneladas, 3,2% maior que a obtida em 2018. Outras unidades da federação que informaram redução na produção foram: Ceará (-13,3%), Rio Grande do Norte (-2,5%), Paraíba (-39,4%) e Pernambuco (-17,2%).
Para a 2ª safra, a estimativa da produção está em 73,1 milhões de toneladas, aumento de 0,4% em relação ao mês anterior, estando concentrada nos quatro maiores produtores do país: Mato Grosso (42,3% do total), Paraná (18,8%), Mato Grosso do Sul (13,7%) e Goiás (13,3%). Estas unidades da federação respondem, juntas, por 88,1% da produção nacional do milho 2ª safra. Este volume de produção de milho 2ª safra é recorde, tendo suplantado em 5,5 milhões de toneladas o da safra de 2017, até então a maior produção obtida no país, quando registrou 67,6 milhões de toneladas. Os aumentos mais expressivos em volume de produção, em relação ao mês anterior, foram estimados no Piauí (9,6%), Ceará (35,1%) e, principalmente, Goiás (5,1%), representando este último 498,0 mil toneladas.
SORGO (em grão) - A estimativa da produção alcançou 2,6 milhões de toneladas, aumento de 3,4% em relação ao mês anterior. O maior aumento de produção foi informado pelo Piauí. Em Goiás, estado responsável por 42,3% da safra nacional, o aumento foi de 2,2% na produção. Em relação ao ano anterior, a produção cresceu 13,9%, com destaque para o aumento da produção em Goiás (18,9%) e em Minas Gerais (17,0%), que conjuntamente respondem por quase 80% da produção brasileira do cereal.
TOMATE – A estimativa da produção brasileira foi de 3,9 milhões de toneladas, aumento de 1,5% em relação ao mês anterior. O crescimento se deve às reavaliações de Goiás, que aumentou sua produção em 6,4%. Essa unidade da federação é a maior produtora nacional, responsável por 31,7% da safra, sendo o tomate rasteiro predominante, onde estão instaladas fábricas para extração da polpa. O alto rendimento médio (91.083 kg/ha), o maior do país, deve-se à alta tecnologia e ao emprego de irrigação. Minas Gerais, terceiro maior produtor nacional, informou um decréscimo de 2,0% na produção em função da menor área plantada, que deve atingir 6.894 hectares com predomínio do tomate estaqueado. Em relação ao ano anterior, a produção de tomate apresenta queda de 4,3%.
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