Foto: Folha de Londrina
A safra de grãos no Paraná deve ter uma variação positiva de 4%, se comparada à safra passada. O levantamento é do Deral, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. A produção está estimada em 23 milhões e 300 mil toneladas, enquanto que na safra passada, a produção foi de 22 milhões e 500 mil toneladas, prejudicada pelo clima. Entre as principais culturas, como feijão, milho e soja, foram registrados alguns índices positivos de preço, área, produção e rendimento. O rendimento do feijão de 1ª safra, por exemplo, cresceu 12% entre duas últimas safras. Atualmente, a expectativa é de que essa cultura renda cerca de 1.976 quilos por hectare. A soja paranaense está com o plantio adiantado, com cerca de 18% da área semeada. No mesmo período do ano passado, a seca prejudicou esse índice, que atingiu somente 2%. De acordo com o chefe do Deral, Marcelo Garrido, os produtores estão plantando mais cedo com a intenção de adiantar também o plantio do milho na segunda safra, e escapar das geadas nos meses seguintes.
A estimativa de produção da soja é de 19 milhões e 600 mil toneladas, um aumento de 2% com relação ao mesmo período do ano passado. Aproximadamente 15% da produção está comercializada, número que atende à média dos últimos três anos. A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos é um dos fatores de influência nos preços e a saca de 60 quilos do grão é comercializada em média por 80 reais, um aumento de 40% com relação ao ano passado. Já o feijão, o Paraná tem 55% da área já plantada neste mês. Cerca de 95% da safra está em boas condições, e outros 5% registram condições medianas. A área dessa cultura reduziu 13% no período, e a expectativa de produção é de 334 mil toneladas. O Paraná está no período de entressafra de feijão, com o início da colheita prevista para segunda metade de novembro. A colheita da segunda safra de milho foi concluída neste mês, com quebra confirmada de 25%, afetada principalmente pelo período mais seco nos meses mais frios. Foram produzidas cerca de 9 milhões de toneladas, 3 milhões a menos do que a estimativa inicial. A próxima safra tem quase 60% da área plantada e a produção esperada é de 3 milhões e 200 mil toneladas. De acordo com o chefe do Deral, Marcelo Garrido, a expectativo é suprir a demanda da indústria com a produção da próxima safra.
Para o trigo, a estimativa é de que sejam produzidas 2 milhões e 900 mil toneladas. Por causa da seca, o grão teve 15% de redução na produção em relação à expectativa inicial. Na região Norte do Estado, a maior parte das lavouras apresentou problemas, porém, houve boa produtividade nas primeiras áreas colhidas do Oeste; e a região Sul não registrou perdas até o momento. Isso pode mudar caso aconteçam alterações no clima, como a chegada de dias chuvosos, pois nas próximas semanas muitas lavouras estarão prontas para a colheita. A mandioca registrou um aumento de área de 6% nesta nova safra. Cerca de 80% da área já está colhida, o que está de acordo com a média dos números da safra nos últimos três anos, tanto de produção quanto de comercialização. O Paraná se destaca na produção de mandioca para fabricação de fécula, e os núcleos regionais de Umuarama, Paranavaí, Campo Mourão e Toledo são os principais produtores.
(Repórter: Priscila Paganotto)
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