Oportunidade. É assim que produtores de soja estão vendo a declaração feita pelo vice-presidente da Jiusan Group,, Guo Yanchao. Em entrevista à Agência de Notícias Reuters, o vice-presidente da esmagadora de soja chinesa afirmou que o país asiático pretende substituir as importações de soja dos Estados Unidos para adquirir o produto brasileiro.
A troca de fornecedor seria uma das consequências do embate comercial entre os dois países. Para se ter noção, o volume das importações da soja americana cairá de 28 milhões de toneladas, adquiridos na última safra, para apenas 700 mil nesta nova safra.
Diante desse cenário, otimismo por parte do produtor brasileiro. O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de São Paulo, Gustavo Chavaglia, destaca que o Brasil tem capacidade para atender a demanda chinesa. O presidente da entidade paulista destaca que será necessária otimizar as terras plantadas para ter uma maior produtividade.
Ele diz que a declaração vai de encontro com o bom relacionamento comercial que Brasil e China tem tido nos últimos anos e destaca quais motivos influenciaram essa relação bilateral.
“Nós temos uma situação complexa, de uma questão de alíquotas de importação, por países como China e Estados Unidos, deixando um viés interessante para um país como o Brasil. Observe, nós temos potencial produtivo, produto de qualidade, somos compradores de produtos da China e podemos ter um comércio bilateral interessante.”
Apesar da empolgação, Gustavo Chavaglia não deixa de relembrar que uma precificação adequada aos produtos brasileiros será necessária para que as negociações entre os dois países se fortaleçam e gere ganhos à economia brasileira.
Reportagem, Raphael Costa
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