O Instituto Agronômico do Paraná, IAPAR, confirmou a ocorrência da estria bacteriana do milho em lavouras das regiões Norte, Centro-Oeste e Oeste do Estado. Até então desconhecida no Brasil, a doença é causada por uma bactéria e tem potencial para reduzir à metade o rendimento de grãos. A ocorrência foi constatada primeiramente em áreas da COPACOL, em Cafelândia, município da região Oeste, em 2016. Na última safra, o problema se apresentou com maior intensidade, sendo detectado em 13 municípios. A estria bacteriana do milho foi verificada pela primeira vez na África do Sul, em 1949, e detectada fora da África apenas em 2016, nos Estados Unidos. No ano passado, apareceu em lavouras da Argentina, de onde provavelmente acabou chegando ao Paraná. A doença foi constatada em 30 híbridos de milho, inclusive nos transgênicos. De acordo com o engenheiro agrônomo do Iapar, Adriano de Paiva Custódio, a bactéria pode se propagar nas lavouras por meio da chuva, vento, água de irrigação e equipamentos contaminados. A solução passa pelo uso de sementes idôneas, culturas menos suscetíveis à contaminação, desinfecção de equipamentos e destruição de restos de cultura. Por enquanto, não há produtos químicos testados. Como ação emergencial, os pesquisadores defendem o investimento em testes e a avaliação de produtos químicos que possam eliminar a bactéria nos principais tipos de milho. (Repórter: Rodrigo Arend)
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