TAC VAI GARANTIR A RESTAURAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA FAZENDA BOA VISTA EM ARAPOTI.


Desde o ano de 2015, quando a Promotoria de Justiça de Arapoti instaurou o Inquérito Civil nº MPPR-0009.15.000081-9 para apurar a não conservação do remanescente da Fazenda Boa Vista, situado na Zona Rural do Município de Arapoti; vem acontecendo reuniões e encontros na tentativa de encontrar uma solução para preserva o pouco que resta do local e não deixar que se perca no tempo.
 
FOTO: MARCOS ZANUTTO/FOLHA DE LONDRINA

O conjunto arquitetônico da Fazenda Boa Vista é composta pela “Casa Grande”, “A Capela” e o “Cemitério”, sendo que de acordo com a comunidade quilombola da região, no cemitério estão enterrados seus antepassados escravos que trabalhavam na região, bem como a capela até os dias atuais é frequentada pelos remanescentes de quilombos. 

Ademais, o complexo da Fazenda Boa Vista possui relevante valor histórico, artístico e cultural para o Município de Arapoti e para o Estado do Paraná. De acordo com relatório técnico elaborado pela equipe de Ministério Público, “A fazenda Caxambu e a Boa Vista eram de propriedade de Francisco Xavier da Silva, português de nascimento, um dos mais influentes fazendeiros da época (IBGE, id., s/d). O destaque de sua posição pode ser media pelo fato que nela ficou hospedado o famoso naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire que, sob proteção de Dom João, percorreu e hospedou-se em fazendas do Paraná por alguns meses em 1820. Este personagem mencionou em suas memórias teceu vários elogios ao fazendeiro anfitrião (GUTIÉRREZ, 2006, p. 120-124). O filho deste tropeiro, nascido em uma fazenda paterna na região da atual Arapoti, carregou o mesmo nome do pai e aumentou o poder político da família, alcançado, entre o final do Período Imperial e o Republicano, as funções de vice-governador, governador e senador (cargo este que ocupou por diversas legislaturas). O poderio da família expressou-se também pelo fato de que o dono da fazenda Boa Vista estava entre os dez maiores proprietários do Caminho das Tropas do Paraná (GUTIÉRREZ, 2006, p. 113), sendo que em seu estavam povoados, entre os quais aquele que originou a atual cidade d Arapoti”. 

Após várias tratativas, no mês de novembro de 2017 a Promotoria de Justiça de Arapoti celebrou um Termo de Ajustamento de Condutas com o grupo empresarial “Morro Chato”, atual proprietário da Fazenda Boa Vista. No acordo ficou estabelecido que o grupo Morro Chato contrataria profissionais arquitetos, arqueólogos, engenheiros e historiadores para fazer um levantamento da área e indicar as medidas que melhor preservariam o patrimônio histórico, artístico e cultural. 


Os trabalhos estão sendo realizados dentro dos prazos estabelecidos no TAC e os investimentos que serão realizados pela empresa Morro Chato nas restaurações e reconstruções podem chegar ao valor de R$2.000.000,00 (dois milhões de reais). 

Ainda de acordo com o Promotor de Justiça José de Oliveira Júnior, o complexo arquitetônico permanecerá sob os cuidados da proprietária; mas terá livre acesso para a comunidade quilombola e população em geral, sendo que já ficou acertado com o Município de Arapoti que o local receberá visitações de alunos das escolas públicas municipais.

FOTO: MARCOS ZANUTTO/FOLHA DE LONDRINA

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