Em 2017, as incertezas econômicas foram pontualmente causadas pelas denúncias envolvendo o Executivo e o Legislativo nacionais, aprovações de reformas polêmicas e delações em que nomes de grandes empresas brasileiras foram citados. Para 2018, o cenário não deve ser diferente.
O início do calendário já é tomado pelo julgamento do ex-presidente Lula, que deve responder pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já em fevereiro deve acontecer a votação da reforma da Previdência, sem contar que em outubro o Brasil terá eleições presidenciais.
No entanto, esses fatores, na avaliação do consultor econômico, Carlos Eduardo de Freitas, não serão determinantes para impedir o avanço dos índices previstos pelas projeções para o ano que vem.
“Esses fatores podem ter algum efeito de curto prazo. Teria algum efeito imediato, uma pequena turbulência nos mercados, Bolsa, dólar. Mas não vejo a economia sendo afetada. A economia está muito firme, as expectativas inflacionárias perfeitamente ancoradas, a recuperação é um dado concreto. O mercado já entende que o PIB de 2018 vai crescer 2,7%. Na minha opinião, vai chegar a 3%.”
Segundo estimativas do Banco Central, a taxa básica de juros (Selic), deve cair para 7% e a inflação ficar em torno de 2,78%, abaixo do piso da meta do governo, que é de 3%. O financista Marcos Melo explica que, dessa forma, os investidores criam mais confiança e o consumidor pode se planejar melhor durante o ano.
“Quando você tem uma taxa de juros mais baixa, a tendência é gerar mais emprego e aumentando a renda. É uma boa notícia que a taxa de inflação esteja sob controle. Isso faz aumentar o poder de compra das pessoas em geral. O fato de a inflação está sob controle, significa que se pode planejar melhor.”
Além disso, dados do Boletim Focus, documento divulgado semanalmente pelo Banco Central, apontam que a previsão de crescimento da economia para 2018 é de 2,68%, resultado maior do que os 2,64% apresentados no último Boletim Focus.
Reportagem, Marquezan Araújo
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