O QUE OBSERVAR AO ESCOLHER A ESCOLA DE SEU FILHO?


Escolher a escola para o filho não é uma tarefa fácil. Com a aproximação do ano novo e uma gama ampla de instituições, os pais precisam fazer uma boa pesquisa para encontrar um lugar que atenda às necessidades pedagógicas da criança por uma mensalidade compatível com as finanças da família, além de transmitir os valores em que ela acredita.

Com a mudança de expectativas dos pais em relação à escola, as instituições tiveram que se reinventar, o que não é necessariamente algo positivo. “As escolas passaram a demonstrar que são capazes de atender a essa necessidade por uma razão financeira e não educacional ou de formação das crianças”, explica a psicóloga e psicopedagoga Cynthia Wood, da clínica Crescendo e Acontecendo .

Neste caso, essa mudança não é benéfica, pelo contrário, é bastante problemática. “Nesse contexto, a maioria das escolas tende a se reinventar para melhor atender às necessidades dos pais, que são quem estão os pagando, e não dos alunos”, esclarece.

Um exemplo é a preocupação dos pais com o vestibular, mesmo quando buscam uma escola de educação infantil ou dos primeiros anos do ensino fundamental. “Os pais colocam isso como algo mais importante do que a real preparação dos alunos sobre suas futuras vidas ou reais escolhas, o que é triste”, avalia a especialista. 

Em uma primeira sondagem, os pais precisam saber que as instituições costumam moldar o posicionamento de seus educadores.

“O contato com as autoridades, como diretores ou coordenadores de ensino, é a forma de os pais entenderem como a instituição lida com questões polêmicas ou socialmente divergentes”, explica Cynthia Wood.

No caso de a família encontrar uma instituição que não defenda os mesmos valores que ela ou que defenda algo que ela considere ofensivo, há pouco que se possa fazer a respeito, o que se limita a se opor publicamente para a mudança de posicionamento da instituição. 

Nestes casos, segundo a presidente nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) , Luciana Barros de Almeida, o melhor a fazer é os pais buscarem uma outra opção. Muitos pais também optam por escolas em tempo integral ou bilíngues acreditando que são as melhores opções para seus filhos, mas não necessariamente. O impacto positivo ou negativo disso depende da criança e do estilo de vida da própria família. 

“Para o mercado de trabalho, não significa quando, se antes ou depois, a pessoa tenha aprendido uma segunda língua”, diz Luciana. “E o currículo em tempo integral, embora ofereça mais oportunidades de aprendizado, deve ser ponderado conforme a necessidade, e não ser regra”. 

Outro ponto a ser observado é o uso da tecnologia para fins pedagógicos. “Meios tecnológicos já fazem parte da vida dos pequenos e devem ser usados para mais que a distração”, avalia Cynthia Wood. “Já que eles já fazem parte da vida dos pequenos desde sempre, essa passa a ser uma forma familiar de contato com o mundo, portanto deve ser aproveitado para a educação”. 

Mesmo que consiga escolher a escola ideal para seu filho, os pais devem ter em mente que certos aspectos da educação de uma criança também são de responsabilidade da família. 
“O ambiente familiar ainda é, e sempre será, o principal onde as crianças devem aprender valores e sobre a moral que elas devem seguir”, ponde a presidente nacional da ABPp.

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