O Procurador da República e coordenador do Ministério Público Federal na Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol, afirmou em entrevista nesta quarta-feira (14), que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva é o mandante dos crimes de corrupção na Petrobras. Deltan classificou Lula como general do esquema, e afirmou que sem a influência do poder do ex-presidente seria impossível o esquema funcionar.
Nesta quarta-feira, em entrevista coletiva, o Ministério Público Federal fez uma denúncia contra o ex-presidente da República. Além do ex-presidente, o MPF também indiciou Marisa Letícia, ex-primeira dama; Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS; Paulo Gordilho, arquiteto e ex-executivo da OAS; Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, Agenor Medeiros, ex-executivo da OAS; Fábio Yonamine, ex-presidente da OAS Investimentos e Roberto Moreira Ferreira, ligado a OAS. A denúncia também é feita para três contratos com a empreiteira. Entre as acusações está corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.
Os procuradores, durante a coletiva, apresentaram gráficos em que apontavam Lula como o principal elo entre envolvidos do Partido dos Trabalhadores na Lava-Jato, como José Dirceu, João Santana, João Vaccari, Bumlai, Paulo Ferreira, André Vargas e José Filippi Jr. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, todo o esquema envolve quase seis bilhões e meio de reais em propina, o que causou na Petrobras 42 bilhões em prejuízos.
A Polícia Federal indiciou Lula, Marisa. Léo Pineiro, Paulo Gordilho e Paulo Okamotto em agosto deste ano por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Os indiciados foram investigados pela compra de um apartamento triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo. Além de supostas irregularidades na aquisição e na reforma da unidade, a PF também investigou depósito de bens do presidente. Lula nega ser dono do imóvel.
Reportagem, Raphael Costa
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