Objetivo é de que os recursos beneficiem entidades de todo o Estado com projetos sociais, educacionais, culturais ou esportivos, compra de equipamentos, obras nas estruturas físicas das instituições e capacitação de profissionais. Cada projeto poderá receber de R$ 100 mil a R$ 300 mil.
Foto: Geraldo Bubniak/AEN |
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quinta-feira (24) a autorização para a abertura de um edital de R$ 100 milhões para atender instituições de apoio a crianças e adolescentes. Com recursos do Fundo Estadual para a Infância e Adolescência (FIA), este é o maior edital já lançado no Paraná para este tipo de atividade.
O objetivo é de que os recursos possam beneficiar entidades de todo o Estado com projetos sociais, educacionais, culturais ou esportivos, com a compra de equipamentos, obras nas estruturas físicas das instituições ou na capacitação de profissionais.
O edital prevê que as instituições possam se inscrever projetos em seis eixos diferentes de atuação: Direito à Vida e à Saúde; Direito à Liberdade, Respeito e Dignidade; Direito à Convivência Familiar e Comunitária; Direito à Educação, Cultura, Esporte e Lazer; Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho; e Fortalecimento das Estruturas do Sistema de Garantia de Direitos.
Cada projeto selecionado poderá receber entre R$ 100 mil e R$ 300 mil, e cada organização poderá se inscrever um projeto por linha, com um limite máximo de R$ 1,8 milhão por instituição.
Os valores serão deliberados pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), órgão que é vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Família (Sedef).
“Este é um edital muito amplo, que atende às necessidades destas instituições para que elas possam ampliar seus atendimentos. Os recursos poderão ser usados, inclusive, para custeio das organizações, bem como para compra de móveis, equipamentos ou veículos”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.
IMPACTO – Os recursos serão fundamentais para que muitas instituições desenvolvam projetos que não poderiam sair do papel sem a ajuda do Estado. A estimativa de é que mais de 500 entidades acessem os recursos.
“Nós estamos acostumados a fazer rifa, fazer bingo beneficente, vender pastel, entre outras coisas, para arrecadar fundos. Um edital como este abre nossos horizontes com uma gama de possibilidades muito maior”, afirmou o vice-presidente da Federação das APAEs do Paraná (FEAPAES) Werther Fontes da Silva
A instituição Criança de Valor, de Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, é uma das organizações que pretende apresentar projetos pelo edital. A entidade atende 130 crianças atualmente. Com os recursos, a expectativa é de apoiar mais 50 crianças que estão na lista de espera da organização.
“Hoje estamos restritos a uma comunidade, próxima à fronteira. Queremos ampliar a mais regiões da cidade. Estes recursos nos ajudariam muito a cumprir esta missão, suprindo duas grandes necessidades nossas, que são a adequação das nossas estruturas físicas e investimento nos recursos humanos da instituição”, disse a coordenadora da Criança de Valor, Josiane Voidginski.
Além de investimentos e custeio, os projetos também podem prever oficinas específicas, ações voltadas à saúde mental, medidas relacionadas ao acolhimento de crianças e adolescentes, reforço escolar, aulas de teatro e música, entre vários projetos.
“São projetos que podem tanto ampliar a atuação das instituições, como oferecer novos serviços que se somem às atividades que já são desempenhadas por elas”, explicou a presidente do CEDCA/PR, Juliana Muller Sabbag.
ORIENTAÇÃO - Para ajudar as instituições a acessarem o edital, que será publicado nas próximas semanas, o Governo do Estado também organizou uma oficina de capacitação das entidades, para que elas sejam orientadas sobre os projetos e os trâmites burocráticos para aplicar ao edital.
O objetivo é de que os recursos cheguem também a instituições que nunca tiveram acesso a editais como este. “Para isso, estamos à disposição para mostrar a elas como montar um plano de trabalho, juntar um orçamento ou até acessar os sistemas para apresentarem suas propostas”, disse a presidente do Conselho.
As instituições que quiserem apresentar projetos precisam comprovar experiência prévia na realização de atividades de apoio a crianças e adolescentes e certidões de regularidade fiscal, entre outros documentos.
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