Ao todo, o Estado empenhou R$ 147,8 milhões no setor entre os meses de janeiro e junho, segundo levantamento da assessoria econômica da Secretaria estadual da Fazenda (Sefa).
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN |
Os investimentos em agricultura mais do que quadruplicaram no Paraná no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, o Estado empenhou R$ 147,8 milhões no setor entre os meses de janeiro e junho, segundo levantamento da assessoria econômica da Secretaria da Fazenda (Sefa).
O número faz parte dos dados preliminares do Relatório Resumido de Execução Orçamentária divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e mostra um crescimento de 344,4% em relação ao que foi investido nos seis primeiros meses de 2023, quando o Estado garantiu cerca de R$ 33,2 milhões ao campo.
A variação diz respeito aos empenhos, termo usado para se referir à reserva de dinheiro do orçamento para pagar os bens e serviços contratados pelo Estado. E esse aumento mais do que expressivo na agricultura lidera o crescimento dos investimentos no semestre — período em que o Paraná quebrou seu recorde histórico, com R$ 3,3 bilhões empenhados, sua maior marca em 24 anos.
Entre as ações, estão o apoio ao fortalecimento das cadeias produtivas regionais, a melhoria da trafegabilidade no meio rural, compra de equipamentos e viabilização de iniciativas que promovem a segurança alimentar. A maior parte desse montante foi destinada à promoção da produção agropecuária, cuja ampliação foi de 450% em relação a 2023, com R$ 143,2 milhões.
Dentro deste valor estão incluídos programas ligados à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), como o Banco do Agricultor Paranaense, que facilita os investimentos no campo ao subsidiar integral ou parcialmente as taxas de juros para os produtores; e o Coopera Paraná, que destina recursos para organizações e cooperativas da agricultura familiar.
O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, destaca que o agronegócio é o carro-chefe da economia paranaense, responsável por cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e que, por isso, merece atenção especial. “Esse é um investimento no ganha-pão dos paranaenses, ampliando sua capacidade de produzir alimentos para nós e para o mundo”, afirma. “Mais do que isso, são melhorias que impactam diretamente no dia a dia de milhares de famílias”.
Outro investimento importante no campo que impulsionou os números neste primeiro semestre foi o Programa Estradas Rurais Integradas aos Princípios e Sistemas Conservacionistas (Estradas da Integração), voltado à pavimentação de estradas rurais. Somente nos seis primeiros meses de 2024, o Governo do Estado assinou convênios que, somados, superam R$ 125 milhões para a construção e manutenção de 114,78 quilômetros de estradas em 35 municípios.
Para o secretário da Agricultura e Abastecimento, Natalino Avance de Souza, esses investimentos buscam principalmente tornar o Estado mais sustentável, além de promover o desenvolvimento econômico e social de toda a região. “São investimentos que visam tornar a vida do homem do campo menos árdua”, diz.
Segundo ele, o Governo do Estado tem demonstrado uma grande sensibilidade para o segmento que é central no desenvolvimento do Paraná. “E faz isso pensando na agricultura como um todo, mas também nos pequenos agricultores que precisam acompanhar o processo de desenvolvimento que faz parte de médias e grandes propriedades rurais”.
ABASTECIMENTO – O aumento do investimento paranaense em agricultura não se limita apenas à agropecuária. O abastecimento também é parte importante dessa ampliação, com R$ 3,4 milhões empenhados no semestre.
Um dos principais programas nessa área é o Compra Direta Paraná, que adquire alimentos de cooperativas e associações da agricultura familiar e entrega para instituições da rede socioassistencial do estado. Os convênios firmados para construção de restaurantes populares, como os de Pato Branco e Campo Mourão, também estão entre essas ações.
Essas ações fazem parte do Rota do Progresso, programa criado para estimular o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida em 80 municípios do estado com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
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