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Gêmeos siameses nascem em hospital de Campo Largo

Conforme o hospital, os bebês nasceram por meio de cesárea e são considerados mais raros do que o comum em casos de siameses; veja explicação



O nascimento ocorreu nesta quarta-feira (27) e, segundo a médica responsável pelo parto, os dois estão unidos pelo sacro, que é um osso na base da coluna - Foto: Divulgação/Hospital do Rocio


Um caso raro de gêmeos siameses aconteceu no Hospital do Rocio, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O nascimento ocorreu nesta quarta-feira (27) e, segundo a médica responsável pelo parto, os dois estão unidos pelo sacro, que é um osso na base da coluna. Isso faz com que o caso seja ainda mais raro do que os mais “comuns”.


Conforme o hospital, os bebês, que compartilham essa conexão física especial, nasceram por meio de cesárea. A cirurgia, inclusive, foi cuidadosamente planejada.


A médica Marina Nunes Machado, responsável pelo parto, explicou que os casos mais comuns de siameses, que é quando o ovo não se divide por completo, ficando unido por alguma parte, são os xifópagos.


“Os xifópagos são unidos pelo externo, que é esse osso que a gente tem bem no meio do tórax. Mas nesse caso, eles eram pigópagos, que são unidos pelo sacro. Além de gêmeos unidos já ser uma coisa muito rara, o fato de a união ser pelo sacro é ainda mais raro”, explicou a médica Marina Nunes Machado.


Para o hospital, os bebês siameses, cujas identidades e detalhes médicos estão sendo mantidos em sigilo por respeito à privacidade da família, são um exemplo raro da complexidade da medicina e da força do espírito humano.


“Muitos siameses nascem mortos, muitos evoluem para abortamento já nos primeiros meses de gestação”, comentou a médica.


Cirurgia
Os dois pesam pouco mais de 3kg. Segundo a médica, a família e a equipe do hospital estão dedicando todo o amor e atenção necessários para garantir que os bebês recebam os melhores cuidados possíveis.


“Juntos, eles pesaram 3 kg e 360 gramas. Agora vão ser avaliados pela neurologia para ver a possibilidade cirúrgica que eles têm, se existe como separá-los ou se não tem como operar. Isso é agora a grande pergunta”, detalhou a médica.


O hospital informou que a equipe de médicos, cirurgiões e especialistas em saúde do Rocio, está trabalhando em conjunto para avaliar a situação dos bebês e determinar o plano de tratamento mais adequado para eles.


Por enquanto, o maior foco é em oferecer todo o suporte e cuidado necessário para garantir o bem-estar dos gêmeos siameses.

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