O município de Pinhalão (PR) promoveu um encontro para reunir cafeicultores de toda a região do Norte Pioneiro. O evento, realizado pela Prefeitura Municipal em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, completou a sua décima edição e foi aberto ao público em geral no primeiro dia.
O segundo foi direcionado para as mulheres produtoras que integram o Grupo Mulheres do Café, muitas delas são associadas da Capal. O projeto, nascido no Norte Pioneiro, reúne cafeicultoras da região para agregar valor à produção com uma iguaria cada vez mais valorizada mundialmente: o café especial.
Criada pelo IDR-PR em 2013, a iniciativa atualmente conta com centenas de mulheres, distribuídas por grupos de 11 municípios do Norte Pioneiro do Paraná: Curiúva, Figueira, Ibaiti, Japira, Jaboti, Pinhalão, Tomazina, Siqueira Campos, Salto do Itararé, Joaquim Távora e Carlópolis.
Em paralelo, existe a Associação das Mulheres do Café do Norte Pioneiro do Paraná (Amucafé), criada para abarcar essa iniciativa e representa a região em eventos por todo o País.
Encontro
O evento contou com a realização de palestras sobre gestão de riscos climáticos, torras de cafés especiais, além de workshops e oficinas voltadas para a cafeicultura.
O prefeito de Pinhalão, Dionísio Arrais de Alencar, aponta que o encontro voltado para as mulheres é uma maneira de destacar a importância da mulher à frente da agricultura familiar.
“Através desse projeto nós somos reconhecidos pelos nossos cafés especiais e com isso temos a imagem da mulher na importância do sustento familiar. A nossa região apresenta um clima muito favorável para o plantio do café e eu vejo com bons olhos a vinda da Capal para o município de Pinhalão, porque ela trouxe toda a parte de assistência técnica para os produtores, fator que vem despertando o interesse do Governo do Estado. Destaque também para a industrialização dos Cafés Capal que levam na embalagem o nome de Pinhalão e isso para mim é um orgulho”, disse o prefeito.
A produtora e associada da Capal, Rosemere de Paula Lima, trabalha com café há cerca de 13 anos. Tudo começou em 2007 quando ela plantou as primeiras mudas. “Eu e meu marido estávamos começando a nossa vida e escolhemos mexer com o café. Nos associamos à Capal há uns dois anos e eu falo para o meu marido que se eu soubesse teria me associado antes, pois a cooperativa é a nossa principal estrutura desde o manejo, venda e a compra”, destaca.
Rosemere também aponta a importância das mulheres à frente da produção de cafés. “É um orgulho ver o interesse delas. Eu adoro cuidar de tudo, desde as tabelas do café, acompanhar a colheita e andar nas lavouras. E encontros como esses são importantes para buscarmos conhecimento e inovarmos sempre.”
Busca por qualidade
Além das mulheres, o encontro recebeu produtores que participaram para buscar conhecimento. Entre eles, estava o produtor e provador de cafés especiais, Jonas Aparecido da Silva, que assinou no dia do evento a documentação para se tornar associado da Capal.
“A minha trajetória com o café vem de família há cerca de 100 anos. Nós mantivemos a tradição e eu comecei a trabalhar com cafés especiais há uma década. Estamos sempre buscando qualidade e aperfeiçoamento. Pesquisei muito e vi que a Capal oferece o melhor projeto cooperativista que eu tenho acompanhado. A assistência técnica é essencial e isso é um diferencial enorme para nós produtores que buscamos por qualidade”, ressaltou.
Exemplo para todo o Brasil
Jônatas Pulquério, diretor do Departamento de Gestão de Risco do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), esteve em Pinhalão para acompanhar o evento. Para ele, o projeto Mulheres do Café é um grande exemplo e reforça que o cooperativismo é a chave do sucesso do pequeno e médio produtor.
“O Paraná está de parabéns porque ajuda a fortalecer essa agregação de vários atores que estão fortes na agricultura. A presença do agricultor, dos agentes políticos e das cooperativas visam o crescimento e eu tenho certeza que hoje vai marcar ainda mais os grandes avanços do café no Norte do Paraná”, apontou.
Fundada em 1960, a CAPAL conta atualmente com mais de 3,6 mil associados, distribuídos em 21 unidades de negócios, nos estados do Paraná e São Paulo. A cadeia agrícola responde por cerca de 65% das operações da cooperativa, produzindo mais de 862 mil toneladas de grãos por ano, com destaque para soja, trigo, milho e café. A área agrícola assistida ultrapassa os 173 mil hectares. O volume de leite negociado mensalmente é de 12 milhões de litros, proveniente de 270 produtores. Além disso, a cooperativa comercializa 31 mil toneladas de suínos vivos ao ano.
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