Estimativa é do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Dados representam uma redução de 1% na área de cultivo. Nova avaliação reajusta alguns números da safra paranaense devido às adversidades climáticas das últimas semanas.
A safra de grãos 2022/2023 no Paraná está estimada em 46,85 milhões de toneladas em uma área de 10,84 milhões de hectares, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os dados estão na Previsão Subjetiva da Safra, divulgada nesta quinta-feira (25), e representam uma redução de 1% na área e um aumento de 38% no volume comparativamente à safra 2021/2022.
De acordo com o chefe do Deral, Marcelo Garrido, a nova avaliação reajusta alguns números da safra paranaense devido às adversidades climáticas das últimas semanas, principalmente a falta de chuvas. “Ainda assim, a estimativa mostra bom desempenho no campo de maneira geral”, diz. Entre os destaques está a produção de soja, de 22,34 milhões de toneladas.
A primeira safra de milho soma quase 4 milhões de toneladas, e a segunda safra tem estimativas acima de 14 milhões de toneladas. Há boas perspectivas também para a produção de cereais de inverno, que, somados, podem resultar em 5,5 milhões de toneladas. Devido ao clima, a segunda safra de feijão teve um reajuste negativo. No relatório deste mês, estão previstas 553,5 milhões de toneladas, volume 1% menor do que na safra anterior, em uma área de 299,1 mil hectares, 12% menor.
Os produtores rurais têm enfrentado uma baixa de preços em grande parte das culturas nos últimos meses. De acordo com o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, isso se deve à grande oferta de grãos nas safras nacional e internacional, além da valorização do real frente ao dólar.
SOJA – Nesta semana, a colheita da soja foi finalizada nos 5,78 milhões de hectares cultivados, e o produtor agora foca em comercializar a oleaginosa. Assim como nas outras culturas, os preços registraram queda. Enquanto, no mesmo período de 2022 os produtores recebiam R$ 178,00 pela saca de 60 kg, na última semana o valor médio foi de R$ 122,00 – 31% a menos.
MILHO – A colheita da primeira safra de milho chegou a 98% dos 385,3 mil hectares plantados. Segundo Gervásio, a produtividade é de de 9.934 kg por hectare, considerada ótima. Estima-se um volume de 3,83 milhões de toneladas, 1,7% acima das estimativas iniciais, e 29% superior na comparação com a safra 2021/2022. Na última semana, os produtores de milho receberam, em média, R$ 43,00 pela saca de 60kg, 46% a menos do que o recebido no mesmo período do ano passado, R$ 80,00, em média.
O plantio da segunda safra já foi concluído e, na análise do Deral, observa-se bom desenvolvimento e boa perspectiva de produção, ainda que as condições climáticas, com baixo volume de chuvas, preocupem os agricultores. A expectativa é que sejam produzidas 14,13 milhões de toneladas em uma área de 2,43 milhões de hectares, o que indica aumento de 6% no volume e redução de 11% na área comparativamente à safra 2021/2022.
Na última semana, o preço médio recebido pelo produtor foi de R$ 286,00 por saca de 60 kg para o feijão de cores e R$ 198,00 por saca de 60 kg para o feijão preto. Os dois tipos estão apresentando quedas nos preços em relação à média do mês de abril de 2023, com uma redução de 21% para ambos. Segundo o economista, a redução se justifica pela ampla oferta do grão em outros estados, além da queda no consumo de feijão a nível nacional.
MANDIOCA – A falta de chuvas também desfavoreceu a colheita de mandioca. Cerca de 40% da área estimada em 135,2 mil hectares está colhida. A produção da safra 2022/2023 deve atingir aproximadamente 3,22 milhões de toneladas, 17% a mais do que no ciclo anterior. Já a área é 10% maior. Quanto aos preços, não houve alteração significativa no último ano. Segundo Groxko, os produtores receberam, em média, R$ 760,00 pela tonelada de mandioca posta na indústria na última semana, enquanto, no ano passado, o valor médio era de R$ 756,00.
A primeira safra de tomate do ciclo 2022/2023 tem 98% dos 2,4 mil hectares colhidos e prevê-se um volume de 145,1 mil toneladas. A comercialização está avançada, e apenas 1,7% do produto ainda está com os agricultores. Na segunda safra, 36% de 1,6 mil hectares estão colhidos, e 5% da área ainda aguarda semeadura. Estima-se a produção de 95,8 mil toneladas, 4% a mais do que na safra anterior. “Com a ausência de chuvas, os plantios evoluíram somente 4% no último mês, entretanto os cultivos ainda apresentam bom desenvolvimento”, explica o engenheiro agrônomo.
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