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Goiaba paranaense gera receita de R$ 70 milhões e alimenta mercados de todo o País


Números preliminares do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, relativos a 2020, apontam para um crescimento de 6% na produção e 4% na área de goiaba no Estado no ano passado. A análise é um dos assuntos do Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana de 16 a 21 de julho, elaborado pelos técnicos do Deral.

O município de Carlópolis, no Norte Pioneiro, é o principal produtor. No ranking nacional, a cidade é a 4º colocada, num universo de 893 municípios com a exploração comercial da fruta, considerando sua parcela de 6,5% do VBP, 3,4% da produção e 2,7% da área brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019.

Os números consolidados, de 2019, mostram que o Paraná produziu 35,4 mil toneladas de goiabas em uma área de 1,3 mil hectares, gerando um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 70 milhões.

O boletim aborda também os índices de comercialização da fruta no Paraná e em outros estados. Em 2020, nas cinco unidades das Ceasas no Paraná, foram comercializadas 2,2 mil toneladas de goiaba, somando R$ 9,9 milhões. Do total, 80,3% eram do Paraná e 18,9% de São Paulo. Carlópolis foi o principal fornecedor, com 1,2 mil toneladas e participação de 55 % no volume.

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A presença da goiaba de Carlópolis nas cestas de frutas do País mostra a qualidade do produto. A fruta paranaense já possui registro de Indicação Geográfica (IG) junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) e, em 2019, conquistou a certificação Good Agricultural Practices (GAP), que reconhece a segurança alimentar e sustentabilidade em produtos de origem agrícola.

Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), das 10,4 mil toneladas de goiaba comercializadas em 2020, o município paranaense foi o 5º principal ofertante, com 626,5 toneladas - 6 % do total. Também no ano passado, na CeasaMinas, em Belo Horizonte, a goiaba de Carlópolis foi a 6ª em volume comercializado, com 359,6 toneladas das 5,6 mil toneladas anuais.

Na Central do Distrito Federal, em Brasília, no 3º posicionamento, as 62,4 toneladas provenientes de Carlópolis conferiram 1,5% no volume de 4,1 mil toneladas. Em Goiânia, na Ceasa/GO, o município do norte pioneiro foi o 11º ofertante com 20,2 toneladas das 1,1 mil trocadas, e na Ceasa do Rio de Janeiro na 12ª posição com 8,8 toneladas e 0,9% das 992,9 toneladas negociadas.


GRÃOS – Entre os demais produtos abordados no boletim estão o feijão, que registra queda nos preços e retração nas principais praças de consumo do País; e o milho, cuja segunda safra paranaense avança para a fase final e intensifica a colheita na próxima semana. As exportações do Complexo Soja no Paraná no primeiro semestre de 2021 somaram 7,97 milhões de toneladas, com um volume financeiro de US$ 3,32 bilhões. Quanto ao trigo, o boletim analisa o reflexo das geadas nas lavouras.

MANDIOCA, BATATA E OLERICULTURA – Acredita-se que a maioria dos produtores de mandioca ainda vai concentrar os trabalhos no novo plantio da safra de 2021/22 em detrimento à colheita, como forma de reduzir a oferta de mandioca às indústrias, na expectativa de melhoria nos preços.

Com relação à segunda safra de batata no Paraná, das 319 mil toneladas estimadas, 266 mil (83%) toneladas foram comercializadas até o momento. Há também previsão de perdas na olericultura devido às geadas.

AVICULTURA, OVOS E LEITE – Os dados da avicultura analisados no documento do Deral mostram que, no Paraná, em junho de 2021, a alimentação das aves custou R$ 3,87/kg, resultado 3,7% menor em relação a maio, cujo valor foi de R$ 4,02/kg, representando 75% do total de gastos com a criação de frangos de corte. Destaca-se também a alta nas exportações brasileiras de ovos no primeiro semestre deste ano.

De acordo com dados levantados pelo Deral, o preço do litro do leite recebido pelos produtores tem se elevado. Na comparação com os valores levantados entre o mês de junho e a semana de 12 a 16 de julho, o valor do litro do produto subiu 7,3%, passando de R$ 2,06 para R$ 2,21.

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