O Paraná solicitou ao Ministério da Saúde mais 100 mil tratamentos Oseltamivir para atender a demanda dos 399 municípios do Estado por conta do aumento dos casos de gripe. O pedido foi feito nesta semana devido à chegada do inverno e ao crescimento do número de notificações de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG). Até esta quarta-feira (22), foram confirmados 725 casos de SRAG por Influenza – 57 a mais que na semana anterior. Destes, 671 são por H1N1.
“Estamos alertas para o aumento de casos de gripe no Estado. A baixa nas temperaturas tem favorecido o crescimento de síndromes respiratórias. É importante que a população esteja atenta aos sinais de gripe, como febre, dor de garganta forte, tosse, dor de cabeça, mal-estar geral, podendo apresentar dificuldades respiratórias, e que procure o atendimento médico rapidamente”, ressalta o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
De acordo médica Júlia Cordellini, chefe do Centro de Epidemiologia da Secretaria Estadual da Saúde, o início do tratamento com o Oseltamivir (Tamiflu) em até 48 horas depois do agravamento dos sintomas é muito importante e faz toda a diferença para a recuperação do paciente. “A Secretaria da Saúde disponibilizou até o momento aos municípios 221 mil tratamentos Oseltamivir e tem feito junto ao Ministério da Sáude todo o esforço para garantir o estoque em níveis adequados para atender à população paranaense”, completa Júlia.
TRATAMENTO – O Oseltamivir, medicamento para tratamento dos vírus da Influenza, é disponibilizado gratuitamente para toda a população pelo Sistema Único de Saúde. A orientação é de que ele seja receitado a todos os casos suspeitos da doença, mesmo sem o diagnóstico laboratorial, em receituário médico simples de serviços públicos e privados.
Dados da Secretaria da Saúde apontam que 70% dos pacientes que morreram por SRAG Influenza não receberam a medicação em momento oportuno. A superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira, reforça a necessidade da população estar atenta aos sintomas da gripe e procurar rapidamente o serviço de saúde.
“As pessoas não devem esperar o agravamento dos sintomas para procurar atendimento médico. A atenção deve ser redobrada em pacientes fragilizados, como idosos, ou que possuem alguma comorbidade, como diabéticos ou hipertensos”, enfatiza a superintendente.
ÓBITOS – De acordo com Cleide, a maior parte dos óbitos por gripe confirmados no Estado é referente a pacientes com alguma doença crônica e maiores de 60 anos. Até esta quarta-feira (22), foram registradas 116 mortes por gripe no Paraná, sendo 105 por H1N1.
Os óbitos estão distribuídos por 18 Regionais de Saúde (RS):
1ª RS – Paranaguá: 4 mortes
2ª RS – Metropolitana de Curitiba: 27
3ª RS – Ponta Grossa: 9
4ª RS – Irati: 3
5ª RS – Guarapuava: 2
7ª RS – Pato Branco: 1
8ª RS – Francisco Beltrão: 7
9ª RS – Foz do Iguaçu: 16
10ª RS – Cascavel: 5
11ª RS – Campo Mourão: 6
12ª RS – Umuarama: 2
15ª RS – Maringá: 11
16ª RS – Apucarana: 5
17ª RS – Londrina: 6
18ª RS – Cornélio Procópio: 4
19ª RS – Jacarezinho: 2
20ª RS – Toledo: 5
22ª RS – Ivaiporã: 1
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