A Organização Mundial da Saúde, OMS, recomendou a todas as mulheres grávidas que vivem em zonas afetadas pelo vírus Zika que façam exames de ecografia já no primeiro trimestre da gestação. O objetivo é verificar se o bebê tem microcefalia ou alguma outra alteração do sistema nervoso. A microcefalia é uma má-formação no cérebro que pode ser causada pelo Zika durante a gestação. O vírus é transmitido pela picada do Aedes ageypti, mosquito que também transmite a dengue e a febre chikungunya. Por isso, a doutora em obstetrícia da Universidade Estadual de Campinas, Helaine Milanez, conta como as grávidas podem se proteger do inseto.
“Especificamente em relação ao vírus Zika, que ela, se possível, no planejamento gestacional, se ela viver em uma área de risco, em um país tropical, que ela use rotineiramente repelente, passe repelente sobre a roupa e use, preferencialmente, roupas leves, claras e de mangas cumpridas. Essa é a recomendação especificamente em relação ao Zika”.
Até hoje, o Ministério da Saúde já confirmou mais de mil e 300 bebês que nasceram com microcefalia ou com alguma outra alteração no sistema nervoso no país. De acordo com a pasta, os casos provavelmente têm relação com o Zika. Além de não ter cura, a microcefalia é uma condição grave que pode até matar, como explica a médica Helaine Milanez.
“Se houver alguma desorganização importante do desenvolvimento do cérebro, ela pode levar a óbito neonatal, sim. A gente já tem alguns vários casos descritos. E temos, também, descritos, casos de óbitos intra-útero. Outro foco de pesquisa é tentar avaliar o que a infecção causa na placenta. Então, talvez ela possa desorganizar a função da placenta e levar, infelizmente, ao óbito da criança ainda dentro do útero da mãe”.
De acordo o Ministério da Saúde, desde outubro do ano passado, 56 bebês já morreram no Brasil por causa da microcefalia. Por isso, é muito importante lembrar que o jeito mais fácil de evitar todas as doenças que o Aedes transmite é não deixar o mosquito nascer. A recomendação é que você separe 15 minutos do seu tempo, toda a semana, para eliminar os focos do inseto que podem exisitir na sua casa. Para saber mais sobre como proteger seu bebê, sua família e sua vizinhança do Aedes aegypti, acesse: combateaedes.saude.gov.br
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