
Um dos suspeitos, sócio de uma construtora envolvida na fraude, foi preso em Maringá. Outro que atuava como corretor de imóveis, mesmo sem ter o registro profissional para a atividade, foi preso em Curitiba.
O próximo passo das diligências é identificar novas vítimas do golpe e prender um terceiro integrante do grupo criminoso, apontado como líder da quadrilha, e que estaria morando em Miami, nos Estados Unidos. Ele é considerado foragido e a Interpol foi acionada pela Polícia Civil do Paraná para auxiliar no cumprimento do mandado de prisão.
Os policiais da Delegacia de Estelionato (DE) cumpriram ainda quatro mandados de busca e apreensão – nas residências dos investigados e na sede da construtora, que fica no Jardim Social, em Curitiba. Nos locais foram apreendidos documentos que serão analisados e passarão por perícia.
O delegado Wallace Brito, titular da Delegacia de Estelionato, conta que a investigação começou há seis meses, quando as vítimas, os donos de imóveis, procuraram a polícia. A quadrilha mantinha uma construtora que fazia os empreendimentos imobiliários com recursos advindos de empréstimos bancários.
“Venderam vários imóveis bloqueados, sem condições de as pessoas usufruírem por estarem hipotecados à instituição financeira. Induziram as pessoas em erro, como se nenhum embaraço houvesse, se apoderaram do dinheiro e não pagaram a instituição financeira. A empresa foi fechada e dono acabou fugindo para os Estados Unidos”, explicou o delegado. Os suspeitos chegaram a negociar um mesmo apartamento com mais de uma pessoa.
VÍTIMAS – Esse foi o caso do advogado Josiel Ribeiro. Ele comprou um apartamento de 70 metros quadrados em Almirante Tamandaré (RMC) no valor de R$ 170 mil. Foram pagos R$ 20 mil à construtora e mais R$ 10 mil ao corretor. O restante seria financiado, mas isso nunca ocorreu.
“Fui informado que nenhum financiamento estava sendo autorizado porque a empresa possuía diversos tipos de dívidas, como IPTU, dívidas trabalhistas, certidões positivas de débito”, explicou Ribeiro. Ao procurar a empresa, ele descobriu ainda que todos os imóveis estavam bloqueados para pagar o financiamento da obra com uma companhia hipotecária.
Várias outras vítimas apareceram e se uniram para tentar buscar uma solução. Para facilitar o contato, foi montado um grupo no aplicativo WhatsApp e por ali descobriram que pelo menos outras sete unidades no mesmo empreendimento tinham sido vendidas para duas pessoas diferentes.
Há a denúncia de que mesmo depois de a fraude ter sido descoberta, o sócio da construtora oferecida uma certidão de quitação de débito por preços irrisórios.
“Fraude em cima de fraude. Depois de tudo ainda havia a tentativa de enriquecimento ilícito. Ele me pediu um carro para emitir a certidão, que na verdade nunca existiria”, acrescentou o técnico em equipamentos agrários Maycon Antônio da Silva. Ele também pagou R$ 30 mil à quadrilha, referentes ao valor da entrada e comissão do corretor.
Os suspeitos devem ser indiciados, por estelionato, associação criminosa e fraude na relação de consumo.
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