Os Núcleos de Guarapuava e Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná deflagraram nesta terça-feira, 7 de outubro, duas operações em conjunto: a segunda fase da Operação Rota 466 e a Operação Via Pix, ambas voltadas à apuração sobre possíveis crimes praticados por policiais rodoviários estaduais. Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão contra os investigados.
Rota 466 – Na segunda fase da Operação Rota 466, o Núcleo de Guarapuava do Gaeco, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, três mandados de busca pessoal, um mandado de prisão e arresto de bens e contas bancárias. As buscas foram cumpridas nas cidades de Guarapuava, Imbituva, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul, Guaraniaçu e Pitanga. Nesta etapa, o objetivo dos mandados foi aprofundar as investigações, já que foram encontradas provas de crimes de outros três policiais militares que ainda não tinham sido alvos na primeira etapa, sendo dois deles da Polícia Rodoviária Estadual. Os policiais foram afastados de suas funções operacionais.
Segundo o apurado, os agentes exigiam propina de condutores flagrados por infrações de trânsito ou de pessoas que trabalhavam com salvamento de cargas tombadas, configurando possíveis crimes de concussão, corrupção passiva e lavagem de ativos. Além disso, foram descobertas outras pessoas físicas e jurídicas que realizavam a lavagem dos valores de propina por meio de suas contas bancárias, que também foram alvos de busca. Um ex-comandante do Posto de Polícia Rodoviária de Guarapuava, que já tinha sido alvo de primeira fase da operação, foi preso preventivamente. Após a deflagração das investigações, descobriu-se que ele praticou inúmeros outros crimes de corrupção, recebendo pelo menos R$ 47 mil de propina, além de ter tentado atrapalhar as investigações, dificultando a colheita de provas.
Via Pix – O Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco, também com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em residências e postos policiais nos municípios de Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Telêmaco Borba, Jaguariaíva, Arapoti, Wenceslau Braz e Siqueira Campos. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual, que também determinou o afastamento das funções operacionais de sete policiais rodoviários estaduais, além do bloqueio de contas bancárias.
Somente com base nas contas bancárias identificadas até agora, entre dezembro de 2024 e agosto de 2025. os investigados receberam ilegalmente em torno de R$ 140 mil por meio de pagamentos por PIX.
(As informações são do Ministério Publico do Paraná)

















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